Publicado em 15 de Dezembro de 2021.
15% daqueles que fizeram compras no Natal do ano passado ficaram com o nome sujo. Valor médio das dívidas é de R$ 1.042 (aumento de R$ 491 frente a 2020)
Tradição, demonstração de afeto, merecimento, pressão dos filhos e familiares – motivos não faltam para justificar as despesas com a compra de presentes no Natal. Porém, muitas pessoas tomam decisões financeiras impensadas nesta época e acabam comprometendo o orçamento, gastando mais do que podem e se endividando. Pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offer Wise, identificou que 30% dos consumidores que pretendem presentear este ano possuem contas em atraso, sendo que 67% estão com o nome sujo, um aumento de 16 pontos percentuais em comparação com o ano passado.
O levantamento também mostra que 27% dos que devem comprar presentes do Natal costuma gastar mais do que podem, 7% pretendem deixar de pagar alguma conta para adquirir os presentes, 8% para conseguir participar das comemorações de Natal e 6% das comemorações de ano novo.
De acordo com os consumidores, as principais contas que deixarão de ser pagas para comprar presentes de Natal ou participar das festas de fim de ano são: TV por assinatura (24%), cartão de crédito (20%), internet (20%), financiamento de carro ou moto (13%) e conta de água/luz (11%).
O presidente da CNDL, José César da Costa, ressalta a importância de resistir aos excessos de consumo para evitar entrar no próximo ano com mais dívidas. “O recomendável é não comprar por impulso e planejar as despesas de acordo com o orçamento, sempre priorizando a quitação de contas. O início do ano é sempre uma época de gastos extras como impostos e material escolar dos filhos, por exemplo. Fazer uma lista prévia do que se deseja e pesquisar preços são as atitudes mais indicadas para não extrapolar as finanças”, destaca Costa.
15% daqueles que compraram presentes no Natal de 2020 ficaram com o nome sujo
Segundo a pesquisa, 15% dos consumidores que realizaram compras de final de ano em 2020 ficaram com o nome sujo por causa das dívidas pendentes, sendo que 6% já limparam o nome e 8% ainda estão negativados. Em média, o valor das dívidas é de R$ 1.041,53, com aumento de R$ 491 frente a 2020, em que o valor foi de R$ 550,50.
“É compreensível o apelo ao consumo durante o Natal, mas a pessoa deve gastar de acordo com sua realidade financeira. Se há dívidas a pagar, assumir novos compromissos poderá piorar ainda mais este quadro. O ideal é restringir os gastos e equacionar as contas em atraso em primeiro lugar”, alerta Costa. “Também vale a pena planejar-se antes de sair de casa, avaliando o orçamento disponível para os presentes, elaborando uma lista com as pessoas a serem presenteadas e evitando que a empolgação do momento interfira nas decisões financeiras”, recomenda o presidente da CNDL.
Metade dos pais escolhem presentes sozinhos
Praticamente a metade dos que possuem filhos (49%) afirmam que escolhem sozinhos o presente, enquanto 40% dizem que escolhem em conjunto com os filhos. O levantamento aponta ainda que 11% admitem que pretendem deixar de pagar alguma conta para poder atender as vontades de seus filhos.
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