Publicado em 14 de Abril de 2020.
Nesta segunda-feira (13/4), a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) realizou mais uma coletiva de imprensa virtual para tratar das ações de enfrentamento à pandemia de coronavírus, e também analisar o cenário epidemiológico da doença no estado.
Nesta segunda-feira (13/4), a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) realizou mais uma coletiva de imprensa virtual para tratar das ações de enfrentamento à pandemia de coronavírus, e também analisar o cenário epidemiológico da doença no estado.
Durante a entrevista, o secretário Carlos Eduardo Amaral, reforçou a recomendação do isolamento social em Minas Gerais, informando que será mantida durante esta semana. A análise sobre as medidas de distanciamento será feita semanalmente, após estudos sobre o impacto do afastamento no cenário epidemiológico da Covid-19.
“O objetivo do isolamento é diminuir a velocidade de transmissão do coronavírus. Por isso, é necessário que a gente mantenha este isolamento até que entendamos que a quantidade de pessoas na sociedade que já tiveram a doença passe, por si só, a proteger a população. É o que chamamos de mecanismo de imunidade de rebanho, ou seja, uma pessoa doente encontra outras tantas que já tenham imunidade e que não sejam susceptíveis”, explicou o secretário Carlos Eduardo Amaral.
Por conta disso, concluiu ele, “não há previsão, neste primeiro momento, de encerrar o isolamento ao fim desta semana. É necessário que o isolamento seja mantido, só que isso não quer dizer que o manteremos com a mesma intensidade de hoje. É por isso que as análises são feitas semanalmente. Podemos sim reduzi-lo ou, ainda, aumentá-lo, dependendo dos resultados dos marcadores dessas análises”, afirmou Amaral.
Subnotificações
Em relação à ocorrência de possíveis subnotificações de casos de Covid-19 no estado, o secretário explicou que não há meios de uma vigilância epidemiológica ter conhecimento de 100% dos casos de uma epidemia.
De acordo com o secretário, no contexto da saúde pública, existem dois modos de abordar subnotificação. “Ela pode ser interpretada como uma falta de ação por parte do Estado e, por outro, pode ser vista como algo natural por parte da epidemiologia”, esclareceu.
“Tendo isso em vista, é importante explicar que sempre utilizamos marcadores, entre eles a notificação, para que tenhamos uma ideia amostral da sociedade, ou seja, onde essas notificações estiverem ocorrendo é onde precisamos acompanhar mais de perto, ter um olhar mais atento. Dessa forma, é possível, sim, que nem todos os casos sejam notificados”, afirmou.
Segundo Carlos Eduardo Amaral, hoje, o maior esforço da secretaria é para que os casos sejam devidamente registrados, analisados, confirmados ou descartados. “Se não todos, a maior parte”, reforçou o secretário. “Para isso, a Fundação Ezequiel Dias (Funed), junto com os laboratórios da rede, conseguiu grande aumento em sua escala de realização de exames e, com isso, buscamos dar resultados rápidos e respostas à sociedade”, afirmou.
Respiradores e leitos
Minas Gerais possui cerca de 220 respiradores em manutenção. Além desses, 46 unidades foram entregues e estão aptos a uso. “É importante lembrar que o nível de manutenção em cada respirador é diferente. Dessa forma, alguns podem precisar apenas de uma troca de bateria, por exemplo, e outros podem precisar de um tempo maior na assistência”, afirmou.
A taxa de ocupação de leitos também foi abordada. “Temos cerca de 50% de ocupação de leitos de UTI no estado. Já em relação aos leitos clínicos, temos hoje a ocupação de 56%”, finalizou.
Fonte: Agência Minas
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