Andando de lado: atividade econômica perde dinamismo nos últimos meses.


Publicado em 15 de Dezembro de 2021.

O que esperar para 2022?

Se 2020 ficou marcado pelo início da pandemia, 2021 será lembrado como o ano da vacinação. A primeira dose de vacina foi aplicada em janeiro, há quase 12 meses. Desde então, segundo dados do Consórcio de Imprensa, cerca de 140 milhões de brasileiros foram completamente imunizados e quase 300 milhões de doses foram aplicadas.

A vacinação permitiu a flexibilização das medidas de distanciamento e possibilitou a retomada dos setores mais afetados, como o de serviços. Ao longo da crise sanitária, o desempenho do setor de comércio pode ser dividido em três fases: a rápida queda; a acelerada recuperação; e, mais recentemente, a perda de ritmo de crescimento, com o volume de vendas do setor oscilando em torno do mesmo patamar.

Reflexo da perda de dinamismo, as vendas do comércio varejista registraram queda de 0,1% em outubro de 2021, na comparação com mês imediatamente anterior. Nessa base de comparação, foi a terceira queda consecutiva do indicador. Os recuos mais recentes tiveram impacto na percepção dos empresários do comércio, como mostram os indicadores de confiança. Apesar disso, o setor continuou contratando mão-de-obra: segundo dados do CAGED, em outubro, o saldo de vagas criadas pelo setor foi de 70 mil.

No quadro macroeconômico, o IBGE noticiou uma queda do PIB no terceiro trimestre, na comparação com o trimestre anterior. Foi a segunda queda consecutiva, o que colocou a economia brasileira na chamada recessão técnica. No retrato mais recente, em suma, a economia perdeu dinamismo. No entanto, quando se considera todo o ano de 2021, o crescimento deverá superar os 4,0%, segundo as projeções coletadas pelo Banco Central. Ao fraco desempenho observado no terceiro trimestre, soma-se a aceleração inflacionária e, mais do que isso, a persistência da inflação.

Diante desse quadro, o que esperar para 2022?

As últimas projeções mostram uma deterioração das expectativas. O mercado passou a prever um crescimento menor para o próximo ano, e uma inflação maior.

À medida que o risco sanitário vai sendo superado – embora ainda não possa ser completamente desconsiderado, devido ao surgimento de variantes do Corona Vírus –, os problemas inerentes à economia brasileira começam a ditar o ritmo do crescimento.

Alguns fatores podem melhorar esse quadro, impactando o humor dos agentes econômicos e o desempenho do próximo ano. Entre eles, merecem destaque o compromisso com o equilíbrio fiscal, o avanço das pautas reformistas e a reorganização das cadeias produtivas ao redor do mundo.

 

Confira mais dados sobre o desempenho do setor no PANORAMA DO COMÉRCIO de dezembro.

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