Artigo: Falta de Capital


Publicado em 1 de Abril de 2016.

Por: Clayton Albuquerque Vieira - Graduado em Administração de Empresas, com cursos de extensão em Marketing, Finanças, Qualidade Total, Gestão de empresas e Logística. Professor de História Geral e Planejamento Estratégico. Consultor no SEBRAE-MG.

Uma das maiores queixas dos empresários consiste na falta de capital de giro das empresas.  Muitas vezes, a falta de um plano de negócio não permite que o empresário determine a necessidade de capital de giro dentre outras informações relevantes.

Antes de nos queixarmos da falta de dinheiro, precisamos descobrir o que pode originar situações de sufoco financeiro. Citamos algumas causas prováveis:

Estoque: Se estiver em excesso fatalmente gerará problemas de falta de capital. Costumo dizer que devemos olhar o nosso estoque como uma pilha de notas de R$50,00 e R$100,00; vai doer……pois é uma imobilização de dinheiro que deveria estar “circulando” e mantendo o fluxo de compra de mercadorias/matérias primas e a sua consequente venda. A falta de controle de estoque, via meios mais apurados, também complica a situação, pois muitos fazem apenas o controle visual do estoque deixando de obter informações sobre a velocidade de venda dos produtos.

Preço de venda: Se não for feito de maneira adequada poderemos ter sérios problemas. Uma parcela dos empresários “chuta” um percentual que será multiplicado pelo preço de aquisição, ou de produção da mercadoria. Desta forma fica difícil saber se tal percentual cobrirá custos e despesas e ainda contemplará uma margem de lucro. Lembramos que as empresas possuem estruturas de custos diferentes umas das outras.

Compras à vista do fornecedor e elevados prazos de recebimento de clientes: Quanto maior for o prazo entre a compra no fornecedor e o efetivo recebimento do dinheiro do cliente, maior capital de giro será necessário. Não podemos simplesmente alongar o prazo de recebimento das vendas sem fazer um planejamento financeiro para bancar essa operação.

Fiado: É um estímulo ao calote, portanto, fator gerador de falta de capital de giro. O fiado, no início, provoca a sensação de “aumento” das vendas. Quando o cliente paga, tudo bem. O problema é que muitos não o fazem, e o pior é que alguns empresários também não cobram, ou porque não tem cadastro desses clientes, ou porque se sentem constrangidos, ou também porque não possuem um controle sobre quem está devendo.

Poderíamos citar outras causas. O importante é que tenhamos controles financeiros (controle diário de caixa, fluxo de caixa, controle de estoque, planilhas de custos fixos e variáveis, apuração do resultado-DRE…) e tudo tem que ser rigorosamente registrado (receitas, despesas e custos).

Por Clayton Albuquerque Vieira

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