Publicado em 30 de Maio de 2025.
Consumidor vai perceber o reajuste total a partir da fatura de junho com vencimento em julho
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai reajustar em 7,36% a tarifa dos clientes residenciais da Cemig Distribuição a partir do dia 28 de maio. Já para os cerca de 1,5 milhão de consumidores residenciais beneficiados pela Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE), o valor terá um acréscimo de 2,02%. Já os atendidos em alta tensão terão um reajuste médio de 9,45%. O aumento no preço da energia elétrica foi informado nesta terça-feira (20), durante a 17ª reunião ordinária da Aneel, em Brasília.
A grande diferença no aumento dos beneficiados pela TSEE em relação aos clientes residenciais, que não são classificados como baixa renda, ocorre pelo fato de o encargo da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) não incidir na fatura dos beneficiados da Tarifa Social.
Diante disso, o reajuste na tarifa da Cemig Distribuição foi impactado, principalmente, pelo aumento dos encargos setoriais, que representou 4,63 pontos percentuais (p.p) do novo valor.
Saiba o destino dos encargos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE):
De acordo com o gerente de Regulação da Cemig, Giordano Bruno Braz de Pinho Matos, o cliente da companhia vai perceber o reajuste total a partir da fatura de junho com vencimento em julho de 2025. “Em junho, os consumidores pagarão uma parte do consumo registrado antes de 28 de maio, ainda conforme a tarifa antiga, e a outra parcela do consumo já com o novo valor”, explica.
As distribuidoras desempenham um papel que vai além da simples entrega de energia para os clientes, reforça Matos. “Elas são essenciais para manter o fluxo financeiro do setor elétrico nacional, pois as concessionárias de distribuição atuam diretamente junto aos consumidores de energia elétrica. Dessa forma, fazem a arrecadação, por meio das faturas, dos recursos necessários para remunerar essa cadeia, como as geradoras e transmissoras, além de repassar os impostos e encargos para os governos municipais, estaduais e federal”, pontua.
A nova tarifa da companhia vai até o dia 27 de maio de 2026, conforme determina o contrato de concessão da distribuidora. Na área de concessão da Cemig, 26% ficam com a companhia e se destinam a remunerar o investimento, cobrir a depreciação dos ativos e outros custos.
Entenda para onde vão os demais 74% do montante pago pelos consumidores da Cemig
Os impostos arrecadados na fatura de energia, como taxa de iluminação pública, ICMS, PIS e Cofins são repassados integralmente para as prefeituras, além dos governos estadual e federal.
Para o economista da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de Minas Gerais (FCDL-MG), Vinicius Carlos Silva, o aumento da tarifa de energia elétrica da Cemig vem, mas não é bem-vindo. “As margens para o comércio estão bem apertadas, com o setor trabalhando no seu limite. Diante de tantas mudanças na economia, tanta cautela que o empresário está tomando, tem um aumento da tarifa para elevar os custos fixos”, lamenta.
Silva aponta que, diante de um cenário como este, o comerciante fica com três opções: “Ele vai repassar os custos para o consumidor, uma vez que tem que fazer o capital de giro; vai reduzir a sua margem de lucro, de manutenção do seu negócio, para não repassar e garantir o preço para o consumidor; ou vai, que é a melhor alternativa, buscar opções de uma energia mais sustentável, seja desconto em energia fotovoltaica ou fazer investimentos nesse processo”, enumera.
Negócios como bares, hotéis, lavanderias, frigoríficos, dentre outros, demandam mais energia para se manter e vão ter um impacto muito grande na conta, salienta o economista. “O comércio é mesmo de se reinventar. Temos que ver quais vão ser as opções de cada lojista, de cada setor, que vai buscar a melhor opção para garantir a sobrevivência no mercado. Mas, o momento é de juros altos, medo da inflação piorar, e o lojista já está bem apertado por causa do endividamento que já vem de anos anteriores”, afirma.
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Com informações do Diário do Comércio
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