Publicado em 2 de Fevereiro de 2023.
A economista Rita Mundim, especialista em mercado de capitais, comentarista de economia na Rádio Itatiaia, falou sobre o “Cenário Econômico Pós-Eleições” no Auditório do Centro Administrativo do Sicoob Divicred, nesta quarta-feira (01).
A economista Rita Mundim, especialista em mercado de capitais, comentarista de economia na Rádio Itatiaia, falou sobre o “Cenário Econômico Pós-Eleições” no Auditório do Centro Administrativo do Sicoob Divicred, nesta quarta-feira (01). A palestra foi uma realização da CDL Divinópolis, em parceria com o Sicoob Divicred, e contou com a participação de 150 empresários.
A economista iniciou trançando uma linha do tempo em que mencionou importantes eventos mundiais que mudaram o comportamento da sociedade e influenciaram o desenvolvimento global. “A pandemia, em 2020, trouxe um desarranjo mundial. E quando achamos que poderíamos voltar à normalidade, iniciou-se uma guerra entre Rússia e Ucrânia. Todo esse cenário ocasionou um choque de oferta, produtos começaram a faltar, houve alta nos preços e inflação”, explicou.
A boa notícia, conforme disse, é que o Brasil se encontra em uma posição melhor que outros países. “O mundo está em guerra em termos de preço de alimento, de energia e projeção de recessão. Mas o Brasil não está, porque tem energia limpa, alimento em abundância, minério e petróleo. O Brasil é o futuro do planeta! Somos o pilar de fornecimento de energia limpa e de alimentos para todo o mundo e, portanto, precisamos nos apoderar desse nosso papel estratégico de protagonistas na sustentabilidade do planeta”, destacou.
Na visão da economista, o cooperativismo é o modelo econômico do futuro e dará sustentabilidade ao capitalismo. “A economia está cada vez mais compartilhada. Os recursos são escassos e a gestão desses recursos tem que beneficiar o maior número de pessoas possíveis. O cooperativismo chega para produzir e compartilhar. O capitalismo produz, mas concentra. O socialismo não produz e quer dividir aquilo que outro produziu. No cooperativismo todo mundo é dono, produz e compartilha, e a riqueza fica na região em que a cooperativa está inserida”, afirma.
Ela também comentou sobre a importância do associativismo e da união de esforços, em busca de objetivos comuns. A importância do associativismo vai além do relacionamento e networking, – que por si só já são propulsores naturais no mundo dos negócios – ela surge quando empresas descobrem sua força e se unem em prol da melhoria do ambiente de negócios.
Mundim afirma que “o conhecimento é a matéria-prima do século XXI”. É necessário não só aprender, mas desaprender e reaprender. “Como o nível de informação e de evolução do mundo é tão rápido, temos que ter a humildade de achar que não sabemos nada. Você tem que levantar pronto a aprender, pronto para ouvir”. O conhecimento não é mais adicional, é o meio principal de produção e ganha mais mercado. Assim, algumas ações são importantes, como economia compartilhada e ESG (governança ambiental, social e corporativa).
A economista destacou ainda a tendência global à reindustrialização. “Estamos passando por um período único de oportunidade de reindustrialização. Depois da pandemia, todos os países estão se reindustrializando. Isso é uma tendência. O mundo está dando uma guinada para voltar a produzir em cada país, para cortar dependência externa e reduzir custos de logística”.
Ao analisar números mundiais, a economista lembra posições de destaque conseguidas pelo Brasil a partir de 2018 através de tratamento de forma técnica, modificação na lei trabalhista, melhoria da infraestrutura e reforma administrativa. Hoje somos o segundo governo digital melhor do mundo. Saímos da pandemia e economia em geral está acima do pré-pandemia, o PIB cresceu, e apesar da inflação, houve o aumento de consumo pelas famílias, porque a taxa de desemprego caiu, e com mais pessoas empregadas a renda per capta subiu.
Para Rita o maior risco do Brasil é o risco soberano. “Quanto mais político for o modelo, mais forte é o estado e mais forte é a presença da política na economia. Além de um gasto excepcional que vamos ter, nos vamos ter também uma burocracia no processo decisório daquilo que vai mudar a vida do cidadão, o que retarda a possibilidade de um maior crescimento do pais”, afirma.
Rita concluiu a apresentação mencionando que a prioridade de um governo deve estar na força da iniciativa privada, na geração de emprego e renda. E que o indivíduo tenha do Estado, em todos os níveis, educação, saúde e segurança de qualidade. “Para que Minas cresça, para que o Brasil cresça, a gente tem que continuar fazendo aquilo que a gente faz todos os dias: trabalhar”, concluiu.
O evento arrecadou alimentos não perecíveis, que serão entregues à duas instituições, o Centro Espírita Jesus de Nazaré e a Adortrans.
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