Publicado em 25 de Março de 2021.
64% dos consumidores pretendem comprar na data e 84% farão pesquisa de preços. Supermercados serão os principais locais de compras. O gasto médio pretendido é de R$ 209
A Páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes para os brasileiros. Mesmo em um cenário de insegurança diante da pandemia, este ano, a maior parte dos brasileiros pretende manter a tradição de presentear familiares e amigos, com ovos e chocolates. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offer Wise Pesquisas, mostra que cerca de 102,7 milhões de brasileiros devem realizar compras para a Páscoa 2021 – o que representa uma redução de 10,5 milhões de consumidores frente à estimativa de 2019.
De acordo com a sondagem, 64% dos consumidores pretendem comprar presentes e chocolates para a data, enquanto, 19% não pretendem ir às compras este ano, e 16% ainda não se decidiram.
Entre os consumidores que vão realizar compras na Páscoa, a maior parte (40%) relata a intenção de gastar a mesma quantia do ano passado, enquanto 31% vão gastar mais e 26% garantem que gastarão menos. Entre os que têm intenção de gastar mais, 38% dizem que os preços estão mais caros, 34% que comprarão mais produtos, e 30% que querem compensar a situação de isolamento social vivida pela pandemia.
Já aqueles que pretendem gastar menos citam a intenção de economizar (32%), o fato de terem outros compromissos financeiros para pagar (30%) e orçamento apertado (23%).
O levantamento da CNDL aponta ainda que, entre os que pretendem fazer compras, os principais motivos são: gostar de chocolate ou presentear alguém que gosta (35%), ser uma tradição da qual gostam de participar (28%) e ter o costume de presentear as pessoas que gostam (24%).
Entre os que não pretendem comprar presentes e chocolates, os principais motivos são: priorizar o pagamento de dívidas (38%), estar desempregado (36%) e o fato de não gostar ou não ter o costume de comprar presentes e chocolates para esta ocasião (19%).
A crise econômica gerada pela pandemia também está impactando as compras deste ano, de acordo com a pesquisa. Entre os que não devem comprar ovos ou chocolates porque estão endividados, desempregados, tiveram redução salarial ou estão distantes das pessoas que poderiam presentear, 78% afirmam haver influência do cenário da pandemia.
“Mesmo diante dos desafios sociais e econômicos que o país enfrenta, as vendas nesta Páscoa podem aquecer o varejo. Esse é o momento de o setor investir em promoções para atrair os consumidores, de olho naqueles que pretendem comprar mais e, sobretudo, nos que ainda não se decidiram”, avalia o presidente da CNDL, José César da Costa.
Filhos serão os mais presenteados. Média de gastos será de R$ 209
A pesquisa revela que as principais pessoas a serem presenteadas na Páscoa serão filho/a (55%), marido/esposa (42%), mãe (38%) e os sobrinhos/as (33%). Além disso, 27% pretendem presentear a si próprios.
A maioria dos entrevistados (57%) pretendem comprar ovos de chocolate industrializados, enquanto 43% bombons/caixas de chocolate industrializados, 40% ovos caseiros artesanais, e 30% barras de chocolate industrializadas.
Entre os que devem comprar ovos industrializados, 70% pretendem comprar produtos direcionados tanto a crianças quanto a adultos; 28% pretendem comprar apenas produtos voltados para adultos; e 16%, somente para crianças.
Já os que pretendem comprar produtos caseiros, os motivos mais frequentes são: gostar de algo mais personalizado (30%), a vontade de ajudar as pessoas que vendem (28%), e por considerar que a qualidade do chocolate é melhor (13%).
“Vimos um crescimento no último ano de pessoas que preferem comprar de pequenos lojistas ou vendedores autônomos, o que mostra, ao menos em parte, a preocupação do brasileiro com os comerciantes locais, tão impactados pela crise causada pela pandemia. Mesmo quem não tem um e-commerce ou uma loja online pode fazer suas divulgações e vendas por meio de redes sociais ou WhatsApp”, destaca Costa.
Os consumidores entrevistados pretendem gastar, em média, R$209,49 com as compras da Páscoa e comprar cerca de 5 produtos. A forma de pagamento mais utilizada será à vista (76%), especialmente no dinheiro (52%). Já 52% pretendem pagar à prazo, com destaque para o cartão de crédito parcelado (31%).
Supermercados serão os principais locais de compra. 84% pretendem fazer pesquisa de preço
O brasileiro está atento à diferença de preços entre os estabelecimentos, e por isso, 84% dos entrevistados pretendem fazer pesquisa antes de fazer suas compras, sendo que 50% pretendem pesquisar sobre todos os tipos de chocolate e 25% somente sobre os ovos de Páscoa.
O principal local de pesquisa serão os supermercados (62%), enquanto 52% pretendem pesquisar em sites na internet e 34% nas lojas de shopping. Entre os que pesquisam preços na internet, 77% citam os sites e aplicativos de varejistas, 60% os sites de busca, e 41% os sites de comparação de preços.
“O consumidor brasileiro já aprendeu que a variação de preços dos ovos de Páscoa é enorme e pode ficar próxima a 100% em algumas cidades, de acordo com o Procon. Então, ir às compras na primeira loja que aparece pode ser um erro grave. O ideal é se planejar com antecedência, usar a internet para pesquisar e só tomar decisões depois de ter visto os preços praticados em vários estabelecimentos”, lembra Costa.
Os principais locais de compra dos produtos para a Páscoa serão: supermercados (58%), lojas especializadas em chocolate (45%), e lojas de grandes varejistas (42%). 70% têm intenção de comprar em lojas físicas, seja de rua (44%) ou de shopping (40%), enquanto 65% também disseram que pretendem comprar pela internet, principalmente nos sites (22%) e no WhatsApp (20%).
Os fatores que mais influenciam a escolha do local de compra são: o preço dos produtos (42%), a qualidade (37%) e as promoções e os descontos (31%). 69% pretendem comemorar em casa, com aumento de 18 p.p. na comparação a 2019.
“Muitas capitais do país cumprem nesse momento medidas de fechamento de parte do comércio, o que deverá impactar diretamente na forma como os consumidores farão suas compras para a Páscoa, e também como costumam comemorar a data. Em muitas cidades, por exemplo, as lojas especializadas em chocolates estão fechadas, enquanto os supermercados, por serem atividades essenciais, continuam abertos. Por isso, o varejista deve estar preparado para atender por delivery, oferecer serviços de entrega e vendas pela internet”, acrescenta o presidente da CNDL.
24% dos que pretendem comprar chocolates e presentes possuem contas em atraso
Mesmo com o cenário de crise e de desemprego, boa parte dos consumidores pretende realizar compras na Páscoa ainda que com o orçamento comprometido. 24% dos entrevistados que pretendem comprar chocolates e presentes possuem contas em atraso, sendo que 66% estão com o nome sujo. Além disso, 5% acreditam que vão deixar de pagar alguma conta para comprar produtos para a Páscoa.
Outro dado que inspira preocupação e denuncia o comportamento imprudente de alguns consumidores é que 26% admitem gastar mais do que podem com as compras na data e 23% dos que realizaram compras na Páscoa do ano passado afirmam que ficaram com o nome sujo pelos gastos realizados na data, sendo que 13% ainda estão negativados e 10% já limparam o nome.
“Como qualquer outra data comemorativa, a Páscoa está sujeita a diversos mecanismos do marketing e da propaganda para estimular o consumo, já que se trata de uma data importante para o comércio. Então as pessoas acabam, muitas vezes, cedendo ao consumismo e exagerando nos gastos”, afirma Costa. “Se o consumidor está preparado, se ele reservou uma quantia para gastar na Páscoa, tudo bem. Mas as compras devem ser feitas sem que o impeça de cumprir compromissos financeiros mais importantes, assim como guardar dinheiro para imprevistos. O que não é recomendável é fazer dívidas ou deixar de pagar contas, com o intuito de comprar ovos, bombons etc.”, alerta o presidente da CNDL.
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