Publicado em 30 de Abril de 2024.
O levantamento da FCDL-MG também mostra que 46,9% dos entrevistados ainda não sabem o que vão comprar
O Dia das Mães é considerada a segunda data comercial mais importante do país, atrás apenas do Natal. Não sem razão, pesquisa realizada pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de Minas Gerais (FCDL-MG) aponta que a maioria dos consumidores mineiros (74%) vão presentear na data. Mas, na opinião de 76,6% dos entrevistados, o preço dos presentes que estão acostumados a comprar aumentou em relação ao ano passado.
Para o economista da FCDL-MG, Vinícius Carlos Silva, o preço assusta os consumidores mineiros, mas não os afasta das compras nesta data. “O apelo emocional da data somado pelas estratégias comerciais fortes transforma o período em um cenário fértil para o consumo. Frente a isso, o varejo se prepara para maximizar seus resultados e o consumidor separa em seu orçamento aquele valor que será destinado ao presente que fortalecerá os laços com quem se ama”.
Contudo, não é uma situação que o varejista deve ficar de braços cruzados. Quanto mais ele amplificar seus planos de ações direcionados na atração do consumidor, na promoção e na redução dos preços, mais ele logrará êxito. Já o consumidor, esse deve sempre pesquisar e buscar os produtos que melhor atendem as preferências e as necessidades de consumo.
Ainda conforme o levantamento, impactados por esse cenário, 66% dos mineiros vão ter que planejar mais suas compras. E, diante desse cenário de presentes mais onerosos, 53% dos consumidores ainda não decidiram o que comprar.
Entre os produtos que foram mais citados como opção de presentes estão vestuário (34%), cosméticos e perfumaria (15,5%), calçados (11,3%), eletrônicos (8,2%) e eletrodomésticos (7,2%). O tíquete médio deve girar em torno de R$ 270.
Existe uma razão para os segmentos que mais aparecem como opção e o cenário pode ser um alerta para lojistas em todo o estado, como explica Silva: “Os primeiros do ranking sempre saem na frente devido à grande diversificação de produtos existentes e os preços que conseguem sempre atender todos os orçamentos. Além disso, o valor emocional da data por si só leva os consumidores a comprarem produtos mais direcionados para a pessoa. Ou seja, você não compra um presente para a sua casa e sim para homenagear quem faz toda a diferença em sua vida”.
Perguntados sobre qual a expectativa com relação à economia nos próximos meses, os mineiros acreditam que haverá melhora, mas evidenciaram um olhar mais cauteloso em função da variação dos preços.
“A tendência de queda da taxa de juros e as expectativas que giram em torno dessa sinalização de mercado já é um divisor de águas para qualquer negócio. E isso não seria diferente para o varejo que, por sua vez, tem como responsabilidade maior o atendimento direto ao consumidor. Quando esse sente essa redução, temos o aumento do ritmo da atividade econômica e, consequentemente, do consumo. Assim, tudo poderá ser revitalizado após um período de taxas de juros altas. A questão é que está muito lenta essa redução, não devido aos agentes financeiros, mas pela própria cautela que o mercado está exigindo”, afirma o economista.
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