Publicado em 1 de Março de 2018.
"Depois da derrocada, parece surgir uma luz no fim do túnel, o que nos resta agora é segui-la". Assim caminha a economia brasileira.
Depois de dois anos de queda, a economia brasileira voltou a crescer em 2017, com alta de 1%. Segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira, o Produto Interno Bruto (PIB) registrou alta no ano passado. Em 2016, o tombo havia sido de 3,5%, assim como no ano anterior. O resultado é o melhor desde 2013, quando o avanço foi de 3%. Mas ainda é insuficiente para reverter as perdas dos dois anos anteriores. Em valores, o PIB ficou em R$ 6,6 trilhões. No quarto trimestre, subiu 2,1% frente a igual período de 2016. Na passagem entre o terceiro e o quarto trimestre, a variação foi de 0,1%.
A alta de 1% do PIB em 2017 é resultado da expansão de 13% da agropecuária, de 0,3% dos serviços e de uma estabilidade na indústria, informou o IBGE.
Economistas do mercado financeiro apostavam na alta. De acordo com sondagem da Bloomberg com 26 analistas, a projeção era de crescimento de 1,1%. Para 2018, as previsões estão na casa dos 2,8%, de acordo com o mais recente boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central. O monitor do PIB, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), também indicou crescimento de 1%. Na semana passada, o IBC-Br — indicador do Banco Central que funciona como uma espécie de “prévia do PIB” havia indicado alta de 1,04% da economia em 2017.
Pela ótica de demanda, ou seja, o lado do PIB que reflete tudo que é consumido na economia, o principal destaque foi o consumo das famílias, que registrou alta de 1%, em ano marcado pela inflação mais comportada, recuperação gradual do mercado de trabalho e liberação das contas inativas do FGTS. Já os investimentos, calculados pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), recuaram 1,8%, enquanto os gastos do governo encolheram 0,6%.
No setor externo, as exportações cresceram 5,2%, enquanto as importações avançaram 5%. Ou seja, no balanço entre esses dois indicadores, o setor externo contribuiu para o crescimento da economia em 2017.
No âmbito da indústria, os destaques foram a alta de 4,3% da extrativa e a queda de 5% da construção. Entre os serviços, o comércio cresceu 1,8% e as atividades financeiras, os bancos e seguradoras, encolheram 1,3%.
O crescimento da agropecuária em 2017 é o melhor resultado do setor em toda a série histórica do PIB, iniciada em 1996.
Em 2017, pela primeira vez, depois de 13 trimestres, no acumulado em 4 trimestres, a indústria saiu do campo negativo. Os serviços também saíram do campo positivo, nessa mesma comparação, depois de 10 trimestres seguidos de resultados negativos. E o comércio voltou a crescer depois de 11 trimestres negativos.
Fonte: CNDL
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