Publicado em 31 de Março de 2020.
Em Carta Aberta ao Executivo, entidades pedem previsibilidade aos negócios e planejamento para reabertura do comércio
O Grupo Gestor através das entidades CDL, ACID, Sincomércio, Sinvesd, Sinduscon-Co, FIEMG Regional Centro-Oeste, Sincondiv e Creci, entende os cuidados necessários quanto à prevenção para conter o avanço do novo coronavírus no mundo. No entanto, está certo de que é preciso preocupar-se também com os milhares de trabalhadores e empresários prejudicados com fechamento do comércio.
Para as entidades, conforme manifestam na carta, é necessário pensar nos “efeitos catastróficos que o fechamento das atividades terão sobre todos, empreendedores, empregados e poder público... Cogita-se, a partir de estudos da FIEMG, que o número de desempregados no país deva alcançar 29 milhões”.
Em Divinópolis, apenas o setor do comércio emprega mais de 15 mil pessoas. As restrições impostas de maneira indeterminada geram insegurança aos empreendedores que podem levar a uma grave crise de emprego na cidade.
A restrição total imposta pelo Governo de Minas, conforme esclarece o Secretário Geral do Executivo estadual, Mateus Simões de Almeida, “recai apenas àquelas atividades ou empreendimentos que, dada a sua natureza, necessariamente irão gerar aglomeração de pessoas... caberá aos municípios, impor outras restrições e medidas sanitárias para as atividades e empreendimentos que permanecem funcionando, de modo a evitar, ao máximo, o total fechamento”.
Portanto, o secretário estadual deixa claro que a decisão é do município de restringir ou não o funcionamento das atividades que não estejam expressas no decreto estadual. Nessa medida, as entidades solicitam um posicionamento da Prefeitura, para que apresente uma previsão para reabertura do comércio e serviços de Divinópolis.
As referidas entendidas pedem ainda, que haja um planejamento das ações que deverão ser adotadas durante esse período de isolamento e solicitam uma previsibilidade para retomada dos negócios, além de medidas econômicas possíveis de serem adotadas pelo governo municipal para salvar os empregos e a renda na cidade.
Na carta, as instituições solicitam também, análises e projeções da situação no município quanto aos impactos sociais e econômicos causados pela pandemia e pedem uma programação da volta das atividades econômicas, levando-se em conta um rigoroso controle de prevenção, obedecendo as orientações dos órgãos de saúde.
“O que queremos com a carta é chamar a prefeitura para a sua responsabilidade quanto aos impactos econômicos causados pela pandemia no município. Estamos certos que a preservação da vida humana sobrepõe a qualquer preocupação mercadológica, e que cabe aos órgãos responsáveis definir as diretrizes de proteção social. No entanto, o empreendedor de Divinópolis precisa de um planejamento para que possa minimizar o impacto da crise, salvar empregos e evitar o fechamento de empresas”, ressalta o presidente da CDL Divinópolis, Luiz Angelo Gonçalves.
As entidades e empresas permanecem com o trabalho de orientação da população quanto às medidas de segurança e controle, para que haja um retorno seguro e responsável das atividades econômicas em Divinópolis.
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