Inadimplência atinge mais de 67,30 milhões de consumidores, terceiro recorde seguido, aponta CNDL/SPC Brasil


Publicado em 27 de Junho de 2023.

Em comparação ao ano passado, o número de inadimplentes do Brasil teve crescimento de 9,42%. Média das dívidas passa de R$ 4 mil

Por: CNDL Brasil

O número de inadimplentes no país teve mais um crescimento em maio de 2023 e atinge 67,30 milhões de brasileiros, terceiro recorde seguido na série histórica do levantamento. O Indicador realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que quatro em cada dez brasileiros adultos (41,31%) estavam negativados em maio deste ano, quando o volume de consumidores com contas atrasadas cresceu 9,42% em relação ao mesmo período de 2022.

Com base nos dados disponíveis em sua base, que abrangem informações de capitais e interior de todos os 26 Estados da federação, além do Distrito Federal, a CNDL e o SPC Brasil registram que a variação anual observada em abril deste ano ficou abaixo da observada no mês anterior. Na passagem de abril de 2023 para maio de 2023, o número de devedores cresceu 2,05%.

NÚMERO DE PESSOAS INADIMPLENTES

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“Os setores de Comércio e Serviços são os mais impactados negativamente pela alta inadimplência, uma vez que o consumidor deixa de movimentar o mercado quando perde o crédito. Consequentemente, gera-se uma realidade de economia fraca, pouca geração de emprego e de renda. Por isso, é urgente que o governo adote ações concretas, por meio de políticas públicas, para mudar esse cenário tão negativo para a economia do país”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

NÚMERO DE PESSOAS INADIMPLENTES POR TEMPO DE ATRASO

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O crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 1 a 3 anos (18,23%).

O número de devedores com participação mais expressiva no Brasil em maio está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,81%), ou seja, são 16,70 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa. Tal montante equivale a 48,93% do total deste grupo etário. A inadimplência segue bem distribuída entre os sexos: 51,07% são mulheres e 48,93%, homens.

“A alta inadimplência é um problema complexo e que exige uma combinação de ações como educação financeira, políticas públicas adequadas e condições econômicas favoráveis para que se tenha uma mudança efetiva de cenário. O país segue enfrentando muitos desafios econômicos com uma taxa de juros tão elevada”, alerta o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior.

NÚMERO DE PESSOAS INADIMPLENTES POR FAIXA ETÁRIA E SEXO

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ESTIMATIVA DE INADIMPLENTES POR FAIXA ETÁRIA

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CADA NEGATIVADO DEVE, EM MÉDIA, R$ 4.028,36. MAIOR PARTE DAS DÍVIDAS SÃO COM BANCOS
Em maio de 2023, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.002,06 na soma de todas as dívidas. Considerando todas essas dívidas, cada inadimplente devia, em média, para 2,09 empresas credoras.

NÚMERO DE PESSOAS INADIMPLENTES POR VALOR TOTAL DAS DÍVIDAS

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Os dados ainda mostram que cerca de três em cada dez consumidores (31,58%) tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 45,83% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.

Em maio de 2023, o número de dívidas em atraso no Brasil teve crescimento de 20,86%, em relação ao mesmo período de 2022. O dado observado em maio deste ano ficou acima da variação anual observada no mês anterior. Na passagem de abril/2023 para maio/2023, o número de dívidas apresentou alta de 3,82%.

NÚMERO DE DÍVIDAS EM ATRASO

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Destaca-se a evolução das dívidas com o setor de Bancos, que registrou crescimento de 33,76%, seguido de Água e Luz (17,25%). Em outra direção, as dívidas com o setor credor de Comunicação (‐14,47%) e Comércio (‐0,40%) apresentaram queda no total de dívidas em atraso.

NÚMERO DE DÍVIDAS EM ATRASO POR SETOR CREDOR

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Em termos de participação, o setor credor que concentra a maior parte das dívidas é o de Bancos, com 64,72% do total. Na sequência, aparece Comércio (11,28%), o setor de Água e Luz com 10,79% e Comunicação com 6,63% do total de dívidas.

“O desemprego em patamar elevado, a inflação que corroeu o poder de compra, especialmente das famílias de renda mais baixa, a taxa de juros elevadas e a dificuldade de acesso ao crédito ou mesmo concessões de crédito inadequadas, levaram muitos brasileiros ao endividamento excessivo e consequentemente à inadimplência. Por isso, é fundamental que o consumidor faça um levantamento de todas as suas dívidas e crie um plano de pagamento levando em conta a sua capacidade de pagamento das contas em atraso e os gastos básicos mensais”, alerta Merula Borges, especialista em finanças da CNDL.

Para todos os indicadores, considera-se que uma dívida é a relação de um credor com um devedor, mesmo que esse credor tenha incluído vários registros desse devedor junto ao SPC Brasil. Ou seja, mesmo que um devedor tenha quatro registros de um mesmo credor, assume-se que esse consumidor tem apenas uma dívida.

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