Publicado em 13 de Abril de 2020.
Sondagem teve como objetivo levantar impactos da crise no setor do comércio e serviços
O mundo está vivendo uma grande crise sem precedentes na história recente, desencadeada pelo novo coronavírus, que instaurou um cenário de incertezas na saúde, na economia e no social. No Brasil, há um mês de isolamento social, já mostra um cenário pessimista, com resultados negativos para a economia. Demissões, cortes em investimento, redução na produção insumos, são realidades e as projeções são as piores para todos os setores.
Em Divinópolis o cenário não podia ser diferente. A cidade tem o comércio e serviços como principais geradores de emprego e renda, sendo os setores mais impactados pelo distanciamento social que impôs o fechamento de lojas, bares e restaurantes e a introdução do trabalho em casa, para diminuir o contágio da COVID-19.
Diante da decisão dos Governos Estadual e Municipal de manter o comércio fechado a fim de conter a propagação do coronavírus, a CDL Divinópolis realizou uma sondagem entre seus associados para medir os reais impactos da crise no setor do comércio e serviços.
A pesquisa realizada pela CDL teve como objetivo levantar o impacto econômico das medidas restritivas em Divinópolis e municiar o Governo Municipal com informações sobre a situação das empresas e a capacidade de manutenção dos empregos, caso as atividades comerciais se mantenham paralisadas por tempo indeterminado, a fim de auxiliá-lo na tomada de decisões estratégicas para retomada dos negócios na cidade.
Com o levantamento, realizado entre os dias 02 à 07 de abril, conclui-se que, somente com a flexibilização para reabertura do comércio e injeção de recursos do Governo, será possível evitar a falência, principalmente de micro e pequenas empresas, e o desemprego em massa.
A pesquisa foi respondida por 80 empresários do setor do comércio e serviços de Divinópolis. Das empresas entrevistadas 68% pertencem ao comércio, 31% prestação de serviços e 1% indústria.
De acordo com o levantamento, 50% das empresas entrevistadas tem de 1 a 10 funcionários e 79% tem até 20 empregados.
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71% dos empresários afirmaram ter a necessidade de realizar demissões devido a atual suspensão das atividades.
Com base nos dados levantados, o economista e Presidente da CDL Divinópolis, Luiz Angelo Gonçalves, em suas análises, obteve um índice potencial de demissões de 30% da força de trabalho.
Em 2019, Divinópolis registrava, de acordo com o CAGED, 14.850 empregos formais no comércio e 22.291 no setor de serviços, totalizando 37.141 pessoas com carteira assinada. Com os dados levantados na sondagem realizada pela CDL, tendo como base o percentual de possíveis demissões, 30%, a cidade poderá chegar a 11 mil novos desempregados em 2020.
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