Panorama do Comércio: PIB confirma ritmo mais lento em 2025 e comércio sente os efeitos da desaceleração


Publicado em 19 de Setembro de 2025.

A edição de setembro de 2025 do Panorama do Comércio, publicado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), já está disponível

A edição de setembro de 2025 do Panorama do Comércio, publicado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), já está disponível. O desempenho da economia brasileira no primeiro semestre de 2025 confirmou as expectativas de crescimento mais moderado. Dados do IBGE apontam avanço de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no período, abaixo dos 3,4% registrados em 2024. A diferença sinaliza uma desaceleração já prevista por analistas, que projetavam algo próximo de 2,2% para o ano.

O varejo ampliado acumulou alta de 1,7% nos 12 meses encerrados em julho, ritmo menor do que o observado no ano anterior. Os juros mais altos têm freado o consumo de bens de maior valor, tradicionalmente adquiridos via crédito. Entre os segmentos, veículos e materiais de construção perderam força, enquanto supermercados e móveis conseguiram acelerar suas vendas.

A percepção dos empresários também reflete esse cenário. O índice de confiança do comércio, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou queda nos últimos levantamentos, revelando maior cautela em relação aos próximos meses.

Inflação ainda desafiadora

No campo dos preços, a inflação segue pressionada. O IPCA acumulou alta de 5,1% em 12 meses, permanecendo acima da meta do Conselho Monetário Nacional (CMN). O peso maior vem dos serviços, ainda com inflação elevada. Apesar disso, a variação mensal trouxe algum alívio, com desaceleração entre julho e agosto, mantendo as expectativas de que a inflação possa ceder até o fim do ano — desde que não ocorram novos choques.

Crédito caro e inadimplência em alta

Outro ponto de atenção está no mercado de crédito. As taxas de juros cobradas de consumidores e empresas avançaram, acompanhadas pelo aumento da inadimplência. Os dados da CNDL confirmam esse movimento, acendendo o alerta para o risco de endividamento excessivo das famílias.

Em contrapartida, informações recentes do Banco Mundial mostram um crescimento no acesso da população brasileira aos serviços financeiros. Essa expansão da bancarização é positiva para o desenvolvimento econômico de longo prazo, desde que acompanhada de políticas responsáveis para evitar superendividamento.

Assista também ao vídeo com a especialista em Finanças da CNDL, Merula Borges, com a análise do Panorama do Comércio deste mês.

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