Presidente da CDL Divinópolis participa de reunião virtual com o Governador


Publicado em 30 de Março de 2021.

Lideranças das CDLs e ACEs do estado solicitam ao Governador Romeu Zema ações efetivas de apoio às atividades econômicas

O Presidente da CDL Divinópolis, Heider Vitor de Freitas, participou na tarde desta segunda-feira (29/03) de reunião virtual com o Governador Romeu Zema e secretários. 

O encontro contou com a presença de presidentes das CDLs mineiras e das Associações Comerciais do Estado (ACEs) e do secretário adjunto de desenvolvimento econômico, Fernando Passalio e o secretário de estado de saúde, Fábio Baccheretti.

Os mais de 180 dirigentes de ambas as entidades que participaram do encontro, reforçaram a necessidade de equilíbrio nas medidas restritivas, já que o setor de comércio e serviços é o que mais vem sofrendo os impactos da pandemia.

Dados divulgados recentemente pela Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg) revelam que entre março de 2020 e fevereiro de 2021, 64 mil negócios foram encerrados no estado. Além disso, o comércio varejista vem registrando sucessivas perdas no faturamento de acordo com pesquisa feita pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Entre fevereiro e março deste ano, o segmento registrou queda de 33% no faturamento, resultado pior que o verificado em novembro de 2020, quando a redução foi de 29%.

O governador Romeu Zema iniciou a reunião justificando a adoção da onda roxa em função das altas taxas de transmissão do vírus no estado, no número crescente de óbitos e nas ocupações máximas de leitos de UTI e enfermarias O secretário de estado de saúde, Fábio Baccheretti, reiterou que os resultados dessas ações, juntamente com o avanço do processo de vacinação, vão possibilitar a diminuição das restrições o quanto antes.

O secretário adjunto de planejamento, Fernando Passalio, por sua vez, apresentou algumas medidas econômicas que vêm sendo implementadas, como o Refis do ICMS, parcelamento de débitos com Copasa e Cemig e o novo Pronampe. “Estamos sempre recebendo as demandas das entidades e pedimos que elas continuem contribuindo. Estamos trabalhando em uma série de medidas de desburocratização para que a gente tenha o melhor ambiente de negócios do país e a nossa retomada econômica seja mais rápida”, afirmou Passalio.

 

Entidades cobraram equilíbrio nas ações

Ao agradecer ao governador por ter aceitado participar da reunião, o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Minas Gerais (FCDL-MG), Frank Sinatra, ressaltou: “Temos acompanhado a angústia de cada presidente de entidade que representa a nossa classe, vendo as dores que estão sentindo em seus municípios. Precisamos adotar medidas que preservem tanto a saúde da população quanto a economia do estado”.

O presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Minas Gerais (Federaminas), Valmir Rodrigues, ressaltou a importância do diálogo com o governo para unir esforços em prol dos setores produtivos mais afetados pela pandemia. “Estamos buscando encontrar um equilíbrio nas medidas restritivas”, afirmou o presidente da Federaminas.

Já o presidente da CDL Divinópolis, Heider Vitor de Freitas, cobrou medidas diferentes para contenção da Covid-19, pois o comércio não pode mais ser penalizado com mais restrições. 

“Em Divinópolis, perdemos em abril de 2020, 1586 empregos. Os lojistas não suportam mais ficarem fechados. No momento em que o comércio ficou aberto, os lojistas deram uma aula de como seguir todos os protocolos. Precisamos de medidas diferentes ao lockdown”, argumentou Heider. 

Heider solicitou também que o governador classifique todo o comércio como essencial, afirmou que o problema de aglomeração está em outros setores e reforçou que o comércio tem seguido os protocolos exigidos.

“Presenciamos, desde o início da pandemia, aglomeração em filas de bancos, lotéricas e festas clandestinas. O comércio que sempre fez sua parte, seguindo os protocolos, não pode pagar por aqueles que, por irresponsabilidade, não seguem as medidas exigidas, para estes são necessárias ações mais rígidas”, manifestou Heider.

 

Medidas urgentes

Na opinião do presidente Frank Sinatra, o diálogo com o poder público é importante, mas o varejo não pode mais esperar e precisa de socorro imediato. “Estamos agonizando com tantos fechamentos, sobretudo as micro e pequenas empresas. Precisamos abrir as portas, retomar nosso faturamento. Por isso pedimos equilíbrio nas tomadas de decisões. O varejo não é o culpado pelo aumento de casos de Covid-19”.

É importante lembrar que os estabelecimentos comerciais têm seguido e investido rigorosamente nos protocolos sanitários listados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como a exigência do uso de máscaras, limitação de entrada de pessoas nos estabelecimentos, disponibilização de álcool em gel, higienização e demais recomendações, com isso garantindo o funcionamento de suas atividades de forma segura e consciente. O setor produtivo está fazendo a sua parte para o controle da pandemia.

Os empresários mineiros estão cientes de suas responsabilidades e têm demonstrado compromisso com a implementação em seus negócios dos protocolos sanitários de prevenção, prezando principalmente pela saúde e sobrevivência das pessoas físicas, mas também das pessoas jurídicas. São as atividades da iniciativa privada que garantem a manutenção dos postos de trabalho e ajudam a equilibrar as contas públicas com seus impostos, tão importantes nesta hora. O estado precisa lembrar da função primordial dos impostos, que é a de promover justiça social para os cidadãos.

A FCDL-MG e as CDLs reiteram que seguirão não medindo esforços para ecoar a voz do empresariado mineiro e que lutarão para manter um diálogo sólido e construtivo junto ao poder público em busca de soluções concretas e efetivas.

 

Impactos da Onda Roxa até o momento

No dia 17/03, o Governador Romeu Zema decretou a Onda Roxa.

Somente no comércio de bens e serviços:

  • No dia 29/3 completou-se 13 dias de fechamento

  • Prejuízo diário com base no PIB: R$ 462 milhões

  • Prejuízo econômico por 13 dias: R$ 6 bilhões

  • São cerca de 203 mil empresas fechadas – o que corresponde a 58% do total do estado

  • São cerca de 1.470.482 postos de trabalhos não funcionando ou abaixo de sua potencialidade – o equivalente a 57% do total do estado.

Calculando o prejuízo  até o dia 4/04, data prevista para o término da onda roxa, o montante será em torno de R$ 8,8 bilhões.

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