Publicado em 29 de Dezembro de 2022.
O comércio foi o destaque na geração de postos de trabalho com carteira assinada no Estado no mês passado
Minas Gerais manteve o ritmo de geração de emprego em novembro e abriu 4.279 novos postos de trabalho no penúltimo mês de 2022. Ao todo foram 185.845 admissões e 181.566 demissões no último mês no Estado. O resultado, porém, despencou na comparação com igual mês do ano passado, quando foram geradas 22.106 vagas, a partir de 191.488 contratações e 169.382 desligamentos. O recuo entre os exercícios foi de 80%.
Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência, o comércio puxou o desempenho do período, enquanto a construção e agropecuária apresentaram saldos negativos, influenciando o baixo índice apurado pelo Estado no mês.
Com o resultado, no acumulado do ano, Minas já soma 223.982 postos, oriundos da contratação de 2,299 milhões de pessoas e desligamentos de outras 2,075 milhões. No mês, o Estado perdeu a segunda colocação na geração de vagas em todo o País, ficando atrás de Rio de Janeiro e São Paulo. Já no acumulado dos onze meses, manteve a posição no ranking, assim como São Paulo em primeiro lugar.
A geração entre janeiro e novembro também ficou abaixo da registrada nos mesmos meses de 2021. Naquela época, as admissões somaram 2,074 milhões, enquanto as dispensas 1,736 milhão, resultando em um saldo de 335.203 vagas de emprego. O recuo neste caso foi de 33%.
Ainda assim, o superintendente de Gestão e Fomento ao Trabalho e à Economia Popular Solidária da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, Marcel Cardoso Ferreira de Souza, destaca a trajetória positiva apresentada pelo Estado. Conforme ele, cerca de 630 mil postos foram gerados no acumulado dos últimos quatro anos, evidenciando a força do mercado de trabalho mineiro.
“Isso revela o desenvolvimento econômico de Minas e o dinamismo do mercado de trabalho, que apesar da rotatividade, segue com saldo positivo”, afirma.
Empregos formais por setores
Na análise por setor, destaca-se a geração de 9.725 empregos pelo comércio em novembro. Apesar de positivo, o desempenho foi inferior ao apresentado pela atividade no mesmo mês de 2021, quando o saldo chegou a 11.997 vagas. No ano, o setor já acumula 26.182 postos formais. No mês, o maior volume de postos foi criado pelo comércio varejista.
O setor de serviços também se destacou com a criação de 3.359 vagas no mês. O resultado também foi inferior às 12.590 da mesma época do ano passado. No acumulado de 2022 o setor já soma 128.888 vagas. Em novembro, o principal destaque da atividade ficou com as vagas da administração pública, alojamento e alimentação.
Na outra ponta, a construção fechou 6.287 unidades no mês passado. Em novembro de 2021 o saldo do setor também havia ficado negativo, porém, em 3.839. E nos onze meses de 2022 a atividade já contabiliza 17.832 empregos gerados. Neste caso, construção de edifícios, obras de infraestrutura e serviços especializados para a construção tiveram desempenhos semelhantes no mês.
Mas o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Renato Michel, pondera que o setor tem sido um dos motores de recuperação da economia no período pós-pandemia, com forte empregabilidade no decorrer do exercício. Segundo ele, apesar do forte aumento do preço dos materiais de construção desde o ano passado, o desempenho da construção civil em Belo Horizonte teve destaque em 2022, com recorde de vendas de apartamentos e criação de postos de trabalho.
“A perspectiva de ampliação do investimento em programas de habitação popular deve aquecer o setor no próximo ano e, consequentemente, continuar trazendo perspectivas positivas para o mercado de trabalho no setor”, explica.
A agropecuária também apurou déficit em novembro. Foram menos 1.925 empregos no setor, ainda em função do término da colheita da safra de café. Em novembro do ano passado o resultado havia sido positivo em 618 postos e no acumulado de 2022 até novembro, o saldo de empregos da atividade está superavitário em 12.137. A maior influência para o resultado mensal, neste caso, foi do grupo agricultura, pecuária e serviços relacionados.
Por fim, a indústria somou -593 vagas de emprego no décimo primeiro mês deste ano. Na mesma época de 2021 o resultado do setor havia sido de 740 vagas. Já no acumulado dos onze meses de 2022 o resultado está positivo em 38.943. A indústria da transformação puxou o desempenho para baixo no mês. Destaques negativos para: preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados, fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis e fabricação de produtos de minerais não metálicos.
Fonte: Diário do Comércio
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