Publicado em 18 de Dezembro de 2023.
No varejo ampliado acumulado, média nacional foi ligeiramente melhor
As vendas no varejo em Minas Gerais cresceram 1,2% em outubro na comparação com o mesmo intervalo do ano passado. O segmento de supermercados foi um dos responsáveis pelo incremento no período. As informações são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou acima da média nacional, que registrou alta de 0,2% no período.
Em outubro, em termos percentuais, se destaca a alta de 75,2% do grupo de equipamentos e materiais de escritório, informática e telecomunicações no Estado. Porém, com peso de 40,1% na pesquisa, a atividade de hipermercados, supermercados, alimentos, bebidas e fumo, apresentou alta de 4,9% no volume de vendas.
Entre as quedas apuradas na mesma base de comparação em Minas Gerais estão combustíveis e lubrificantes (-24,5%), bem como tecidos, vestuário e calçados (-11,8%).
De acordo com o IBGE, em relação a setembro as vendas do comércio varejista no Estado recuaram 0,9%. No Brasil, o recuo foi de 0,3% no período. Os resultados negativos foram verificados 17 das 27 unidades da Federação.
A economista da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Ana Paula Bastos, destaca os resultados positivos, tanto de Minas Gerais como do País nos acumulados. “Os desempenhos mostram tendências de crescimento”, observa.
De acordo com o levantamento, no acumulado do ano, o volume de vendas teve alta de 2,8% no Estado e de 1,6% no Brasil. Nos últimos 12 meses, as elevações foram de 2,7% e 1,5%, respectivamente.
Ela ressalta que vários fatores estão ajudando varejo a vender mais, como a redução dos índices de desemprego, desempenho da inflação dentro do esperado e desaceleração da taxa básica da economia (Selic) e do ritmo da inadimplência.
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), no acumulado do ano até outubro, Minas Gerais se destaca no País no saldo de emprego formal, com 187.485 novos postos, o segundo maior, perdendo apenas para São Paulo (502.193).
A economista também destaca o papel do programa do governo federal Desenrola Brasil, que contribuiu para o retorno de pessoas ao mercado consumidor.
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas em Minas Gerais registrou recuo em dois tipos de comparação, conforme o levantamento do IBGE.
Em outubro frente a setembro, na série com ajuste sazonal, no Estado a queda foi de 1,8%. E na comparação com outubro de 2022, o recuo foi de 0,2%.
A média nacional apresentou recuo de 0,4% no décimo mês de 2023 ante setembro. Já em outubro frente a igual mês do ano passado, o resultado do País foi melhor, com alta de 2,5%.
Nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, Minas e Brasil tiveram crescimento do comércio varejista ampliado, sendo o desempenho nacional ligeiramente melhor, conforme a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada ontem.
De janeiro a outubro, o Estado teve expansão no volume de vendas de 2,3%, enquanto a média nacional teve alta de 2,4%. Nos últimos 12 meses, os crescimentos foram, respectivamente, de 1,7% e 1,8%.Em Minas, os setores de veículos, motocicletas, partes e peças e material de construção apresentaram resultados negativos em outubro de 2023 frente a igual mês de 2022, além dos acumulados do ano e dos 12 meses.
O economista-chefe do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Izak Carlos da Silva, observa que as vendas de materiais de construção, de modo geral, são prejudicadas no final de ano, período em que, devido às chuvas e às viagens, as pessoas não planejam construir.
“Para o restante do ano esperamos uma desaceleração nas vendas de veículos e no setor de construção, mas entendo que elas serão contrabalanceadas por outros setores, como o de supermercados, que costumam registrar bom desempenho por conta das festas de fim de ano”, completa Izak.
Fonte: Diário do Comércio
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