Vendas do e-commerce devem dobrar até 2025, mostra estudo


Publicado em 9 de Junho de 2022.

As vendas devem avançar 95% no Brasil em três anos; para empresário, lojas virtuais devem se preparar para o Dia dos Namorados, que pode movimentar o comércio eletrônico

O comércio eletrônico mundial deve crescer 55,3% nos próximos três anos, conforme estimativa do relatório Global Payments Report, divulgado em março pela Worldpay from FIS. Segundo o levantamento, as vendas do e-commerce no Brasil, por sua vez, devem avançar 95% até 2025.

Em 2021, as vendas digitais aumentaram 48% no país em relação ao no precedente, mesmo diante de fatores como o avanço da vacinação contra Covid-19, o fim do confinamento em todas as UFs (Unidades Federativas) e a reabertura total do comércio, de acordo com o índice MCC-ENET, desenvolvido pela Neotrust | Movimento Compre & Confie, de forma conjunta com o Comitê de Métricas da Camara-e.net (Câmara Brasileira da Economia Digital).

Mateus Toledo, CEO da MT Soluções – empresa que atua com um hub de soluções para e-commerce, como implantações de lojas virtuais, layouts e sistema ERP e marketing digital -, chama a atenção para o fato de que, desde 2020, o e-commerce tem tido uma forte crescente devido aos impactos gerados pandemia de Covid-19.

“Os usuários têm optado, cada dia mais, pela praticidade das compras on-line. Muitos lojistas, vendo este crescimento, escolheram migrar para a loja virtual”, afirma. A análise do empresário é confirmada por números: segundo balanço da Visa Consulting & Analytics, cerca de 70 mil empresas entraram para o e-commerce desde o início da crise sanitária.

Para o CEO da MT Soluções, o motivo do crescimento das empresas virtuais é claro: além da praticidade e conforto, o e-commerce tem trazido novas tecnologias, para melhorar cada vez mais a experiência do usuário. “Além disso, as campanhas de marketing feitas com planejamento e orientações adequadas ajudam bastante para que os usuários decidam fechar uma compra on-line, ainda mais com os ‘mimos’ que muitas empresas disponibilizam em suas lojas virtuais e nas redes sociais digitais, como cupons de desconto e frete grátis”, diz ele.

Mateus Toledo reforça que esta orientação é fundamental para ajudar a adequar uma equação complexa que busca, no final das contas, não deixar que o lojista se prejudique queimando margem de lucro. Com isso, do outro lado o consumidor final terá de fato uma promoção atrativa e que traga vantagem de verdade.

Em 2020, 70% da população já havia afirmado que pretendia intensificar as compras por meio de sites e aplicativos, segundo estudo realizado pela SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo).

 

Cresce expectativa com o Dia dos Namorados

Na perspectiva de Toledo, o Dias dos Namorados de 2022 se apresenta como uma grande oportunidade para o comércio eletrônico no Brasil. “A data movimenta o e-commerce: em primeiro lugar, está o Natal, depois o Dia das Mães e Black Friday. O Dia dos Namorados vem na sequência de buscas por presentes na internet”. informa.

Em 2021, o varejo digital faturou R$ 6,5 bilhões com o Dia dos Namorados, um crescimento de 3,24% maior em relação ao mesmo período no ano anterior, segundo relatório conduzido pela Neotrust. De acordo com a pesquisa, o faturamento foi alcançado entre os dias 28 de maio e 11 de junho, com alta no tíquete médio de 15,3% e valor aproximado de compras de R$ 464,28.

Para o CEO da MT Soluções, os lojistas devem levar em consideração que as compras on-line estão em alta e devem se destacar dos concorrentes. “A experiência do usuário na loja é muito importante. Quando o usuário tem uma boa experiência, um site rápido, dinâmico, com imagens de alta qualidade, bons vídeos dos produtos, descrições bem detalhadas e boas avaliações, se sente mais seguro para realizar a compra”, explica.

Neste sentido, uma sondagem realizada pela All iN | Social Miner, com o apoio da Clearsale, Octadesk e Tray, da Escola de E-commerce e do Opinion Box, buscou identificar o comportamento dos e-consumidores no Dia dos Namorados. Segundo a análise, indicativos apontam que os brasileiros estão se preparando mais e buscando ofertas antes de comprar. O maior pico de visitas e de cadastros em lojas virtuais ocorreu na segunda quinzena de maio, há cerca de um mês da data.

É importante também se atentar à versão mobile da loja digital, já que hoje em dia a maioria dos acessos são feitos pelo mobile, por isso a importância em priorizar um site responsivo, complementa Toledo. De fato, ainda de acordo com o estudo da All iN | Social Miner, o número de pedidos finalizados por meio de dispositivos móveis cresceu 51% no último Dia dos Namorados. “Quando não há a devida orientação, o lojista corre o risco de ter uma loja que não traz confiança final para o consumidor e isto certamente não trará números positivos para sua operação.” completa Mateus.

De forma similar, o relatório Webshoppers 43, da E-bit/Nielsen e do banco Bexs, demonstrou que, em 2020, as compras pelo celular já representavam mais da metade (55,1%) das vendas. O estudo revelou que o comércio eletrônico nacional cresceu 41% e movimentou R$ 87,4 milhões no período analisado, com 194 milhões de vendas on-line.

Fonte: Agência DINO

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