Divinópolis fecha agosto com saldo negativo de 1719 empregos


Publicado em 6 de Outubro de 2020.

Os dois principais setores da economia divinopolitana, o comércio e os serviços, foram os mais afetados com quedas de 930 e 490 respectivamente

De acordo com relatório estatístico solicitado pela CDL ao Instituto Vitaltec, Divinópolis fechou o mês de agosto, com 1.719 vagas negativas de empregos, no total acumulado de 2020.

A cidade iniciou o ano de 2020 com perspectivas de melhora no cenário econômico, houve em fevereiro um aumento do número de admissões 2.391, resultando num aumento no saldo para 536. No entanto, a modesta reação apresentada no primeiro bimestre, foi interrompida pela crise instaurada pela Covid–19 nos meses subsequentes.

Em abril foram eliminados 1.546 postos de trabalhos, de março até junho foram extintos 2.801 postos de empregos na cidade. Observa-se que a fase mais aguda da crise começou a ser superada, pois a partir de maio houve uma diminuição da taxa de demissões.

Nos dois últimos meses, Divinópolis também demonstrou o mesmo comportamento da média nacional, gerou saldos positivos no mercado de trabalho formal em julho, 253 e em agosto 384. Porém, tal movimento ainda não foi suficiente para anular as 1.719 vagas de empregos com carteira assinada que foram eliminadas na cidade em 2020.

 

      

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Em análise segmentada dos setores econômicos revela que todas as atividades econômicas registraram forte retração na criação de novos postos de trabalho durante os meses de abril e maio, sendo o mês de abril o pior período. Porém, como mostram os dados do Caged, no Gráfico 2, nota-se que a cidade registrou em agosto saldo positivo em todos os setores econômicos. No município, como no Brasil, o segmento que mais contribuiu para o saldo positivo foi a indústria com 201, seguindo pelo comércio 90 e construção 66. Completam a lista, os serviços 26 e a agropecuária 1.

 

                             

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

De janeiro até agosto, somente a agropecuária e a construção não apresentaram retração no saldo de empregos. Os dois principais setores da economia divinopolitana, o comércio e os serviços, por sua vez, foram os mais afetados com quedas de 930 e 490 respectivamente, seguido pela indústria 311.

 

Mercado de trabalho de outras cidades mineiras

Analisando-se o comportamento do mercado de trabalho nas prinicipais cidades da região Centro-Oeste, destaca-se a cidade de Nova Serrana, que depois de perder quase 8 mill postos nos meses de março, abril e maio, a cidade liderou a criação de empregos em agosto com 813 postos gerados. Em seguida aparecem Divinópolis com 384, Itaúna 281, Pará de Minas 200 e Formiga com 95.

A tabela 2 faz uma comparação da criação de empregos nas cidades com as maiores populações de Minas Gerais no período de janeiro a agosto de 2020. As cidades que mais perderam vagas de empregos formais em valores absolutos foram: Belo Horizonte 34.303, Juiz de Fora 6.475, Ipatinga 4.968 e Uberlândia 3.266. Analisando-se o saldo de empregos eliminados em relação ao tamanho da população, a cidade de Ipatinga fica em primeiro lugar e Divinópolis ocupa a quinta posição.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O horário de funcionamento normal do comércio é fundamental para a geração de empregos e retomada do crescimento de Divinópolis. Prova disso, é a cidade de Nova Serrana, que se encontra na Onda Amarela, como Divinópolis, mas permanece com o horário de funcionamento do comércio normal, gerando, somente em agosto, 813 postos de trabalho. Já em Divinópolis, onde a prefeitura decretou o fechamento do comércio aos sábados, considerado o melhor dia de vendas, o comércio perde 4 dias de faturamento no mês, promovendo a insegurança no empresário para contratação de novos trabalhadores. 

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